escritora
poeta
cronista e contista
artes visuais
pianista
advogada
relações públicas
jornalismo, oratória
ELZA A. RAMOS AMARAL, poeta, cronista e contista, nasceu na cidade de São Paulo.
Formou-se em Direito e cursou pós-graduação em Direito Administrativo na USP.
Publicou os livros PRIMEIRA LUA (1990, poemas, Massao Ohno Editor, em colaboração com Beatriz H. R. Amaral),
OS ANJOS ESTÃO CHEGANDO (1997, ensaio, Escrituras Ed.),
MINHA HISTÓRIA COM SÃO PAULO (2004, crônicas, Ed. do Autor),
O VOO AZUL DA LIBÉLULA (2007, haicais, Ed. do Autor),
A PATINHA DEOLINDA (2015, infantil, RG Ed.)
Estudou música e piano desde a adolescência e apresentou-se como solista, em recitais, nos anos 1950,
em várias salas de concerto, entre as quais a Sala Schwartzmann.
Gravou dois discos como instrumentista e participou de vários corais.
Em 1950, casou-se com Oscar Barreto Amaral, com quem teve a filha Beatriz Helena Ramos Amaral.
Elza também fez cursos de Jornalismo, Relações Públicas, Oratória e Filosofia.
Dedicou-se às artes visuais, em especial à pintura.
Exerceu os cargos de Auditor no Tribunal de Contas e de Assistente Jurídico no
Tribunal de Justiça, ambos do Estado de São Paulo.
Foi premiada em concursos literários, inclusive em Algarve, Portugal, com o conto “Noite de Natal”.
Foi membro da União Brasileira de Trovadores - UBT, várias vezes premiada pela entidade.
Participou de diversas coletâneas, entre 1980 e 2014, com obras em poesia e prosa, entre as quais
“Antologia Mulheres Emergentes 18” (Belo Horizonte, 2007, Ed. Alternativas),
resenhada na Revista Caravelle – cahiers du monde hispanique et luso-bresilién, Toulouse, França),
“O Conto brasileiro hoje” – volumes XV, XVI, XVII, XX, XXII, XXIV e, XVI (São Paulo, 2010 a 2014, RG Editores),
“Poesia do Brasil” – volumes 15, 16, 19 e 20 (2012 e 2014 – Editora Grafite, Porto Alegre),
volumes que integram o Proyecto Cultural Sur Brasil.
Em 2011, em Portugal, participou, como convidada, da V Edição de PORTUGUESIA –
Encontro Internacional de Poesia e Festa da Poesia Lusófona, na Casa de Camilo Castelo Branco,
em Vila Nova de Famalicão, com leitura de seus haicais e depoimento sobre a própria produção poética.
Tem obras inéditas para publicação.
Este é o primeiro da série de livros infantis de autoria de Elza A. Ramos Amaral. Em seu universo encantado, iluminado por anjos, fadas, libélulas, caracóis e cisnes, Elza nos legou um belo conjunto de histórias para crianças.
Capa e ilustrações da artista Suzana Meyer Garcia
Elza Ramos Amaral sempre cultivou o convívio com os anjos e estimulou em mim e em sua legião de amigos e admiradores a familiaridade com esses mensageiros especiais. Sobre eles escreveu um livro, “Os Anjos estão chegando” e realizou tantas palestras. Com o mesmo prazer e a mesma naturalidade, no entusiasmo de sua ótica ecológica e vibrante, habitou o universo onírico das fadas e dos gnomos, das estrelas e dos vagalumes, dos caracóis e das patinhas, das tartarugas, dos sapos e dos grilos, todos esses seres que nos despertam a sensibilidade e nos convidam às alegrias do puro encantamento. Sobre eles compôs várias histórias para crianças. A Patinha Deolinda é o primeiro fruto deste acervo. Ei-lo, em sua delicada magia, para as crianças que todos também ainda somos.
Beatriz Helena Ramos Amaral
2015, infantil, RG Editores
Neste seu mais recente lançamento, O Voo Azul da Libélula (Ed. do Autor, 2007), a poeta Elza Amaral convida-nos a enxergar a natureza com olhos livres. Quando cessa o apelo da razão e a intuição aflora, é nesse momento mágico que o voo da libélula se inicia e, junto com ele, a nossa aventura de leitores. Os haikais, breves sopros poéticos, movimentam-se na página, tanto de modo ascendente, como descendente, manifestando, assim como o delicado inseto que os inspira, sua natureza cinética. A sensibilidade da poeta capta os sons da natureza (pios de aves, pingos de chuva, o silêncio das pedras, o canto do galo, o coaxar dos sapos) e transforma-os em alegres imagens que flagram cenas do cotidiano a que nossos olhares já pouco dão atenção, engolidos quem somos pela pressa diária:
com beijos na rosa
o colibri selou
seu pacto de amor
Delicadeza. Leveza. Luminosidade. Essas são as palavras-chave que o leitor, seja
a criança ou o adulto, vão incorporando à medida que se deixam invadir pelo
mundo numinoso da poesia de Elza Amaral.
Maria Cecília de Salles Freire César
Linguagem Viva, janeiro de 2008, ANO XVIII, nº 221
2007, haicais, Ed. do Autor
Aquarela para São Paulo
Perpassando fragmentos de memória, vãos, clareiras, frestas de tempo, Elza Ramos Amaral reabre, longe-breve-livre, uma trajetória. Ética e estética. Dinâmica e híbrida. Real e lírica. E seleciona espaços. Assinala marcos. Rebobina imagens. Fotografa em close. Desenha a bico de pena. Pinta e esculpe. Tangencia, toca, constrói e povoa uma cidade. Toma-a como sua. E, aqui, a posse consubstancia e renova a geometria dos afetos. Universidades, escolas, teatros, bairros, igrejas e monumentos. Instantes, cores, passagens, no corte-recorte do mosaico. São Paulo, signo de cultura e trabalho, ergue-se nestas páginas, como um cristal que as horas lúdicas vão polindo. E o olhar poético é luz sobre o cristal. Daí decorre o precioso prisma tecido neste livro quase álbum, que a autora nos oferta, partilhando generosamente com os leitores sua ótica sensível e reflexiva. Sigamos os passos de Elza, neste itinerário de lucidez e magia. Aqui, São Paulo recebe um delicado brinde neste aniversário especial: Sampa, ano 450, uma aquarela vibrando as cores de sua vocação universal.
Beatriz Amaral
2004, crônicas, Ed. do Autor
Os anjos da guarda são mestres e conselheiros, são formas de energia que envolvem o ser humano. Alguns desses seres espirituais se preocupam com o desenvolvimento do homem, outros orientam nos momentos de crise, porém, não interferem nas decisões a serem tomadas, apenas aconselham, sugerem, pois, se decidissem por nós, estariam, de algum modo, violando o nosso livre-arbítrio.
Estando a humanidade em fase de transição em sua marcha evolutiva, os anjos colaboram com essa evolução. A representação que temos dos anjos está materializada em nossa imaginação e reflete um ser com asas, cabelos louros encaracolados, vestes celestiais e com uma auréola luminosa na cabeça, irradiando luz em volta do seu corpo, como uma aura angelical.
Elza A. Ramos Amaral (pág. 20)
1997, ensaio, Escrituras Editora
Haicais, em colaboração com Beatriz Helena Ramos Amaral
As folhas caem das árvores e a Natureza tece um tapete mágico. O ar é dourado e místico... Logo os pássaros emigram. Não encontrando as copas frondosas para construir seus ninhos, evitam a neve e o frio. Aos poucos, as cores vão voltando, através das flores que renascem e da presença lírica das aves. Enfim, o sol se mostra em sua plenitude e aquece a vida, que se renova em ciclos de esperança. Olho o velho papiro e em mim um enorme desejo: haicais.
Elza A. Ramos Amaral
1990, poemas, Massao Ohno Editor
Estudou piano desde a adolescência e apresentou-se como solista, em recitais, nos anos 1950.
Elza Amaral canta e toca Bossa Nova e Baião.
Olho a estrela
canto e piano (soprano)
Texto:
Elza Ramos Amaral
Música:
Adelaide Pereira da Silva
PRAÇA ESCURA APENAS O LAMPIÃO
E OS OLHOS DO GATO
BEM-TE-VI
ACORDA A LUA
NA AURORA
NOITE ESTRELADA
OLHO-ME POR DENTRO
LUA-ESPELHO
GAIVOTA EM VOO
LÍRIO IMACULADO
ENFEITA O CÉU
BORBOLETA AZUL
TRAZ NAS ASAS DE RENDA
PEDAÇOS DO CÉU
NOITE SILENCIOSA
SOB A LUZ DAS ESTRELAS
O COAXAR DOS SAPOS
NA MESA GASTA
A GAMELA CHEIA D’ÁGUA
PEIXINHOS DOURADOS
ÁRVORE FLORIDA
O VELHO NINHO DE ALBATROZ
E O VASTO OCEANO
SOB FLOCOS DE NEVE
A DANÇA DOS ESQUILOS
AO SOM DO VENTO
NATAL NA FLORESTA
DUAS CORÇAS SE ENFEITAM
GUIRLANDAS DE FLORES
FOLHA DE OUTONO
BALANÇA AO VENTO
- UM CAMALEÃO?
OLHO-ME NUM LAGO
AO MEU LADO A GARÇA
SURPRESA COMO EU
Participou de diversas coletâneas, entre 1980 e 2014, com obras em poesia e prosa, entre as quais “Antologia Mulheres Emergentes
18” (Belo Horizonte, 2007, Ed. Alternativas), resenhada na Revista Caravelle – cahiers du monde hispanique et luso-bresilién,
Toulouse, França
Volume 15
Volume 16
Volume 19
Volume 20
XV - 2010 - O PRESIDIÁRIO
XVI - 2011 - A PROFECIA DE ELIANA
XVII - 2011 - O BURRINHO E OS VAGALUMES
XX - 2012 - O “21” DO MENDONÇA
XXII - 2013 - O ARQUITETO ESOTÉRICO
XXIV - 2013 - PRIMAVERA TRANSFORMA BICHO EM FLORES
XXVI - 2014 - A CRÔNICA DO SONHO/LUZ
AMOR NO ATALHO
TÉCNICA MISTA SOBRE PAPEL JAPONÊS DE ARROZ, 2015
Criadas a partir da leitura de “O VOO AZUL DA LIBÉLULA”, de Elza A. Ramos Amaral,
canto e piano (soprano) Texto: Elza Ramos Amaral Música: Adelaide Pereira da Silva
OLHO A ESTRELA
QUE SE DESTACA
E VIRA ANJO
(Elza A. Ramos Amaral, Os Anjos estão chegando, p.9)
A compositora paulista Adelaide Pereira de Silva Kollar musicou este haicai de Elza. O resultado é
a obra OLHO A ESTRELA – escrita originalmente para canto e soprano, e já apresentada também com
outras formações instrumentais.
A artista plástica Suzana Meyer Garcia é a responsável pela transformação do texto de
“A PATINHA DEOLINDA” em imagens. São de sua autoria a capa e todas as ilustrações deste
primeiro livro infantil de Elza A. Ramos Amaral;